Católicos, protestantes, espíritas

Capa de Católicos, protestantes, espíritas
Editora Vozes, 1973

"Comecei a trabalhar profissionalmente com as religiões afro-brasileiras em 1971, no então recém-fundado Cebrap — Centro Brasileiro de Análise e Planejamento — criado por um grupos de cientistas sociais aposentados e afastados da universidade pelo regime militar e outros pesquisadores, solidários com os cassados. Logo que me formei sociólogo, na Fundação Santo André, fui trabalhar como auxiliar de pesquisa de Candido Procopio Ferreira de Camargo, um dos fundadores da sociologia da religião no Brasil, dirigente do Cebrap, e que veio a ser meu mestre por toda a vida. Nosso primeiro projeto no Cebrap consistia em fazer um balanço crítico da produção científica sobre as religiões no Brasil e tentar avançar uma interpretação sociológica sobre as religiões na sociedade brasileira. Mas, o que pretendia Procopio Camargo com as religiões, num centro de pesquisa interessado sobretudo nas questões referentes ao desenvolvimento e subdesenvolvimento econômico e social do Brasil e da América Latina? Ele queria saber de que modo as religiões podiam interferir no processo de mudança social, quer como fator de resistência à mudança quer como fonte capaz de favorecer e contribuir para a transformação que se pretendia para a sociedade brasileira. Desse projeto resultou o livro Católicos, protestantes, espíritas, publicado em 1973. Eu fui encarregado da terceira parte, que incluía o espiritismo kardecista, a umbanda e o candomblé." (Reginaldo Prandi, As religiões afro-brasileiras nas ciências sociais:uma conferência, uma bibliografia. BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, São Paulo, nº 63, 2007, págs. 7-30.)

 

São autores de Católicos, protestantes, espíritas Candido Procopio Ferreira de Camargo (coordenador), Beatriz Muniz de Souza, José Reginaldo Prandi, Melanie Berezowski Singer e Renata Raffaelli Nascimento.