Os favoritos degradados: ensino superior e profissões de nível universitário no Brasil hoje

Capa de Os favoritos degradados
Editora Loyola, 1982

"[...] Tenho um livro que se chama Os Favoritos Degradados, editado pela Loyola, que é sobre ocupações universitárias, e que faz parte destas preocupações da época. Havia uma preocupação grande que era com o mercado de trabalho. Existia ainda aquela ideia – no livro vou mostrar que esta ideia era mitológica – de que todo mundo tinha direito ao trabalho na área que escolhesse: todos os estudantes de Medicina sairiam com emprego de médico; os de Engenharia, de engenheiros. Neste período começa a haver uma crítica desta suposição. Então, havia engenheiros que montavam lanchonete. Tinha uma lanchonete famosa, na Paulista, que se chamava o “Engenheiro que virou suco”. Era um momento em que nós nos dávamos conta de que o curso universitário não levava mais nem a uma ocupação, necessariamente, e nem a uma ocupação na área em que se formava. E havia uma pressão muito forte dos alunos no sentido de re-adequar os currículos dos cursos para facilitar este ingresso no mercado de trabalho" (Reginaldo Prandi, in: Elide Rugai Bastos; Fernando Abrucio; Maria Rita Loureiro; José Marcio Rego (orgs.). Conversas com sociólogos brasileiros. São Paulo: Editora 34, 2006, v. 1, p. 291-311).

 

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