O espiritismo que veio para o Brasil e se constituiu como a religião chamada kardecismo surgiu na Franca do século XIX, formulado pelo educador Allan Kardec, interessado inicialmente na explicação de manifestações mediúnicas que se avolumavam nos Estados Unidos e na Europa. Proposto por seu fundador como ciência, filosofia e religião para explicar os processos naturais que definem e determinam a vida e a morte, o espiritismo se baseia na possibilidade da comunicação com os espíritos dos mortos e na crença na reencarnação. Foi o aspecto científico que primeiramente atraiu os brasileiros à obra de Kardec. Mas foi como religião que o espiritismo — no Brasil, como em nenhuma outra parte do mundo — se expandiu e se consolidou. Os mortos e os vivos é uma introdução à história e às ideias fundamentais do espiritismo, como a reencarnação, a comunicação com os mortos, a prática da caridade e a cura espiritual. O livro trata da formação do espiritismo e suas transformações no Brasil, inclusive a umbanda, e destaca o trabalho de seus principais líderes, como Bezerra de Menezes e Chico Xavier. Por meio de dados censitários, traça o perfil dos seguidores do espiritismo e discute o lugar dessa religião no panorama religioso do Brasil atual.
A edição traz uma série de fotos de diferentes momentos e de lideranças decisivas na história do kardecismo. Por exemplo, uma fotografia do retrato a óleo de Bezerra de Menezes feito por Augusto Rodrigues Duarte; pertencente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que o espírita chegou a presidir (pág. 155).

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